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Redes Sociais Pessoais e Corporativas: Para onde estamos caminhando?

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Podemos dizer que este post é mais uma prova de que realmente o mundo é 2.0.

Ele nasceu de um debate originado através dos comentários de um outro post em um blog. O assunto rendeu tanto que decidimos escrever este texto a seis mãos, de forma totalmente colaborativa e online.

Esperamos que a iniciativa renda novos debates e novas ações, afinal, atualmente o grande diferencial na web é gerar conteúdo relevante e promover debates consistentes.

 

A abrangência das Redes Sociais é inegável. Desde 2004, quando o Orkut aterrissou em terras tupiniquins, elas entraram na nossa rotina, facilitaram a comunicação com as pessoas ao nosso redor e revolucionaram a forma como nos relacionamos. Hoje em dia temos amigos no Facebook, contatos profissionais no LinkedIn, um mini-blog no Twitter e provavelmente teremos que readaptar diversos outros hábitos diante das novidades que estão por vir.

No início, as redes sociais eram vistas como perda de tempo no trabalho, e era uma prática comum (e, infelizmente, ainda é em algumas empresas hoje), bloqueá-las para os funcionários. Mas com o tempo, algumas corporações perceberam que o apelo social poderia ser especializado para o ambiente corporativo, integrando pessoas envolvidas no negócio e facilitando a colaboração e a disseminação de conhecimento de forma segura. Neste momento, surgiram as redes sociais corporativas.

Este contexto atual desafia profissionais e gestores na determinação de um ponto de equilíbrio entre o pessoal e o profissional. Para qual paradigma estamos caminhando?


Um pouco da evolução e a profissionalização das redes

Se olharmos para o Orkut, a primeira rede social que estourou no Brasil, podemos notar que seu público era essencialmente voltado para o pessoal, deixando o
lado profissional à parte. A exceção eram algumas pequenas iniciativas de usuários isolados para discutir assuntos mais corporativos em comunidades específicas. Talvez por ter sido a primeira, talvez por não apresentar os recursos adequados, o fato é que o Orkut não explorou o potencial que as redes sociais demonstravam para atrair o mundo corporativo.

Por outro lado, várias redes posteriores alcançaram sucesso, como Facebook, Twitter, LinkedIn e FourSquare, que criaram abertura para o uso profissional e corporativo, sendo que algumas, como é o caso do LinkedIn, focam especificamente esse nicho.

Esse novo comportamento e perfil apresentado por essas redes abriu espaço para o surgimento de milhares de redes sociais menores e focadas em nichos específicos, o que, por sua vez, agiu como chamariz para as corporações também criarem suas redes sociais com objetivos próprios: integração de colaboradores, gerir conhecimento, integração entre clientes, colaboradores, etc.


A Privacidade do Profissional

Nesse cenário onde o mundo corporativo se aproxima cada vez mais das redes sociais, nota-se uma tendência de convergência entre pessoal e profissional e, por consequência, a necessidade de convivência com redes sociais cada vez mais híbridas.

Se por um lado, as pessoas questionam que esse corporativismo nas redes é invasão de privacidade, por outro, as empresas alegam que precisam estar presentes nesse meio, já que o próprio público exige essa presença quando demonstra, cada vez mais, o desejo de utilizá-las como canal de comunicação.

Isso faz com que as empresas necessitem monitorar não só o que é falado sobre elas, mas como se comportam seus colaboradores e até mesmo possíveis colaboradores que estejam participando de processos seletivos. Com isso, as pessoas se sentem cada vez mais inibidas a certos comportamentos e comentários, uma vez que sabem que podem estar sendo monitoradas pela empresa onde trabalham ou onde desejam trabalhar.

Sendo assim, a partir dessa nova realidade, surge a grande questão: as pessoas estão dispostas a participar e alimentar essas redes onde o corporativo convive com o pessoal, e cada vez mais limita a sua própria privacidade? E mais ainda: estamos prontos e sabemos como nos comportar nesse ambiente?


Distinção entre o pessoal e o corporativo: mito ou realidade?

Essa dita convergência entre pessoal e profissional, vai muito além do perfil de redes sociais. É uma realidade que simplesmente abraça toda nossa vida. As pessoas passam cada vez mais tempo envolvidas com o trabalho, se não presencialmente no escritório, trabalhando de casa, aos finais de semana, ou até mesmo fazendo uma viagem de férias para estudar fora, por exemplo. De uma forma ou de outra, tudo está ligado à questão profissional.

Esse comportamento apenas reforça ainda mais a ideia de unificação entre rede social pessoal e corporativa. Um lado simplesmente não pode viver sem o outro. E arriscamos dizer mais: um lado não quer viver sem o outro.

Isso nos fazer crer que o que temos e conhecemos atualmente ainda está longe de ser a regra, o definitivo. As ferramentas disponíveis passarão por reformulações e pessoas e corporações ainda precisarão adaptar seus comportamentos para conviver com o que está por vir. Prova disso é a chegada do Google+ com seu tão falado recurso ‘Circles’.

O Facebook, já temendo não manter sua soberania, lançou novos recursos quase imediatamente após a inauguração do Google+. Mas mesmo com esse esforço para centralizar as demandas pessoais e corporativas, acreditamos que a tendência aponta para a criação de redes menores e mais específicas, como por exemplo:

  • Comunidade Empresas: rede social criada pelo Banco Itaú visando a troca de experiências sobre o mundo corporativo.
  • My DeveloperWorks: rede social interna da IBM voltada à comunidade global de desenvolvedores de software. Oferece comunidades focadas em temas técnicos específicos, fóruns de discussão, lista dos blogs mais populares da IBM e wikis.
  • Toyota Friend: rede social ainda em desenvolvimento que irá unir todos os clientes da Toyota. O objetivo da marca é obter as percepções dos clientes e melhorar ainda mais seus produtos.

Além desses exemplos, o surgimento de ferramentas que facilitam a vida das empresas na criação dessas redes específicas reforça nossa opinião. Hoje existem sistemas ágeis e eficientes, como Ning, SuaRede e a Zyncro, onde é possível criar uma rede social privada em poucos segundos, tornando ainda mais fácil o alastramento dessas novas redes focadas em nichos.


Conclusões

As tentativas de unificar redes com objetivos pessoais e corporativos por parte das empresas são visíveis. Por outro lado, o usuário quer ter sua privacidade preservada, ele quer ter o direito de fazer críticas e emitir opiniões nas redes sociais sem ter que passar pelo aval da empresa onde trabalha. Os recursos para limitar o acesso ao conteúdo por grupos, como os Círculos do Google+ e os grupos do Facebook, se mostram como uma alternativa para essa união entre rede pessoal e corporativa.

Já em relação à expansão das redes, o avanço das redes de nichos específicos (corporativos ou não) demonstra uma clara tendência ao surgimento de novas opções. De um lado, elas serão cada vez mais específicas para atender ao público que quer se socializar com pessoas. De outro, Facebook e Google apostam que suas redes podem atender ambos os interesses. No final, o poder de escolha é seu.

 

Sobre os autores:

Rafael Ramos atua como professor e gerente de projetos. É certificado PMP e Mestre em Sistemas de Gestão pela Universidade Federal Fluminense. Possui MBA em Organizações e Estratégia pela UFF e pós-graduação lato sensu em Análise, Projeto e Gerência de Sistemas pela PUC-RIO. É membro da SBGC (Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento), do PMI Global e do PMI-RJ. Atua na área de tecnologia da informação desde 2000.

Blog: http://www.gestaoetc.com.br

Linkedin: http://www.linkedin.com/in/rafasr

Twitter: http://twitter.com/rsouzaramos

Gustavo Nogueira: Administrador por formação e profissional de tecnologia da informação por carreira, Gustavo Nogueira é um apaixonado por tudo que diz respeito a gestão de carreiras, negócios e TI. Nascido em 1981 e atuando no mercado desde 1992, acumulou experiência em áreas diversas como varejo, desenvolvimento de software, petróleo & gás, esportes e etc. Pelo lado pessoal, Gustavo é um amante dos esportes, tendo praticado squash, mergulho, paraquedismo e triathlon. Sem essa emoção, sua vida não funciona.

Site: http://www.gustavonogueira.net

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Tatiana Nascimento (mais conhecida como Poka): Formada em Rádio e TV pela Unesp de Bauru, Tatiana Nascimento (mais conhecida como Poka) caiu na redação publicitária por acaso, pegou gosto e não saiu mais. Passou por algumas agências escrevendo para clientes como Brastemp, Deca, Bayer, Cyrela, Visa Vale entre outros. Viciada em Social Media, focou em web e hoje é Analista de Redes Sociais, além de fazer pós-graduação em Mídias Digitais na USP.

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